|:| Corpus Compartilhado Diacrônico: cartas pessoais brasileiras |:| Célia Lopes {celiar.s.lopes@gmail.com} e Silvia Cavalcante {silviare@gmail.com} |:| carta 26-JM-25-01-1937 |:| Autor: Jayme Oliveira Saraiva |:| Destinatário: Maria |:| Data: 25 de janeiro de 1937 |:| Versão original |:| Encoding: UTF-8 Minha amada noivinha Saudades sem fim Todo o meu desejo é quando receberes esta estejes passando bem de saude , eu como tú viste hoje ando bombardeado mas não ha de ser nada . Minha querida , tú não pode avaliar # quanto me fez bem este nosso encontro cada vez me convenço mais minha flor que para toda a dor que sentimos só mesmo paz no nosso amor é que nos fará parar de sofrer . Meu amor , com este encontro fiquei um pouco mais tranquilo , meu coração parece que socegou mais um pouco , cada vez acredito mais minha querida que teu amor me é sincero , um amor puro criado # somente para mim , e o mesmo correspondo-te eu , que vivo na ansia de cada vez te amar mais , e trazer-te bem presa ao meu coração , para poder cada vez mais gritar com mais fervor . “ és Minha só e de mais ninguem , e o mesmo procurás tu fazer comi- go , mais isso pode fazer já , porque já tens pode- [pag] res para fazer , porque tú sabes que não pertenço a mais ninguém a não ser a voce , tú sabes que todo o meu prazer e viver em teus braços , recebendo as tuas caricias e teus beijos , Ho quanto me sentiria feliz com isso . Minha flor espero que melhores de teu estado de saude e que estejes bem disposta para cumprires a tua obrigação e que me respondas com a maior brevi- dade , e tudo que te deseja este teu eterno amor . Deste que tão somente a ti pertence aceita mil abraços , e o dobro de beijos , para que possas ser eternamente feliz , o que te receito é o seguinte , pede a Deus que os anos passem depressa , e então teras a verdade casando-te com este teu # apaixonado noivinho [J. O. S.]